domingo, 25 de maio de 2014

A casa do bairro dos meus sonhos

“A nossa casa é onde a gente está/A nossa casa é em todo lugar” (Arnaldo Antunes)

A casa é o ambiente criado ainda em tempos muito remotos com o intuito primordial de representar segurança física contra ameaças e intempéries naturais. Com o passar do tempo e o galgar do processo de civilização e desenvolvimento cultural humano, este espaço tão comum a todos foi ganhando requintes e características que dizem bem mais sobre os costumes de um povo.

Hoje uma casa é como um microambiente onde uma ou indeterminadas pessoas desenvolvem hábitos próprios e constroem paisagens próprias que as aproximam e fomentam sensações diversas contribuindo para o equilíbrio psicológico e atraindo sensações inerentes ao bem-estar individual: segurança, conforto, paz, harmonia...



“A casa é a cara do seu dono”. O ditado popular expressa o que atualmente representa o espaço da moradia ao homem. Os objetos acumulados, a disposição dos mesmos e a maneira como as paisagens externa e interna se comunicam se fazem como atributos fundamentais na nova concepção de habitação.

A casa tem que trazer propriedade. O seu possuidor precisa reconhecer aquele “espaço” (apesar da difícil assimilação desse termo na literatura). Ela precisa trazer elementos que tragam à memória paisagens e momentos importantes aos seus conviveres.

E é pensando nesses conceitos mal construídos por um recém-aluno de arquitetura que estruturo meu primeiro grande projeto na faculdade e quero dividir esses momentos com todos pelo blog nos próximos dias.

Na disciplina de Ateliê de Projeto I nos foi dada a missão, pela professora Andrea Dall’olio, de projetar inicialmente uma casa para uma artista plástica. Nesse caso escolhi a fotografia como sua arte. Essa cliente tem marido, dois filhos (um menino de oito e uma menina de quatro), precisa que seu ateliê/estúdio seja em sua residência, mas com entrada independente. Ah! Minha cliente também quer uma moderna galeria para exposição de seus trabalhos... Nossa! Cabeça a mil!

Num primeiro momento tenho que conceituar o trabalho. Ele foi inspirado em que? Usa algum estratagema da arquitetura: solidez, simetria, equilíbrio...?

Porém o que me veio na cabeça primeiramente foi este homem da foto aí de baixo. Alguém sabe quem ele é? Ele foi a primeira referência que tive quando imaginei o modelo final desse projeto...




Resultado no próximo post onde trarei mais alguns detalhes desses primeiros passos. Vem muito suor por aí! Quem traz café pra mim?!