“A nossa casa é onde a gente está/A nossa casa é em
todo lugar” (Arnaldo Antunes)
A casa é o ambiente criado ainda em tempos muito
remotos com o intuito primordial de representar segurança física contra ameaças
e intempéries naturais. Com o passar do tempo e o galgar do processo de
civilização e desenvolvimento cultural humano, este espaço tão comum a todos
foi ganhando requintes e características que dizem bem mais sobre os costumes
de um povo.
Hoje uma casa é como um microambiente onde uma ou
indeterminadas pessoas desenvolvem hábitos próprios e constroem paisagens
próprias que as aproximam e fomentam sensações diversas contribuindo para o
equilíbrio psicológico e atraindo sensações inerentes ao bem-estar individual:
segurança, conforto, paz, harmonia...
“A casa é a cara do seu dono”. O ditado popular
expressa o que atualmente representa o espaço da moradia ao homem. Os objetos
acumulados, a disposição dos mesmos e a maneira como as paisagens externa e
interna se comunicam se fazem como atributos fundamentais na nova concepção de
habitação.
A casa tem que trazer propriedade. O seu possuidor
precisa reconhecer aquele “espaço” (apesar da difícil assimilação desse termo
na literatura). Ela precisa trazer elementos que tragam à memória paisagens e
momentos importantes aos seus conviveres.
E é pensando nesses conceitos mal construídos por um
recém-aluno de arquitetura que estruturo meu primeiro grande projeto na
faculdade e quero dividir esses momentos com todos pelo blog nos próximos dias.
Na disciplina de Ateliê de Projeto I nos foi dada a
missão, pela professora Andrea Dall’olio, de projetar inicialmente uma casa para
uma artista plástica. Nesse caso escolhi a fotografia como sua arte. Essa
cliente tem marido, dois filhos (um menino de oito e uma menina de quatro),
precisa que seu ateliê/estúdio seja em sua residência, mas com entrada independente.
Ah! Minha cliente também quer uma moderna galeria para exposição de seus
trabalhos... Nossa! Cabeça a mil!
Num primeiro momento tenho que conceituar o trabalho.
Ele foi inspirado em que? Usa algum estratagema da arquitetura: solidez,
simetria, equilíbrio...?
Porém o que me veio na cabeça primeiramente foi este
homem da foto aí de baixo. Alguém sabe quem ele é? Ele foi a primeira
referência que tive quando imaginei o modelo final desse projeto...
Resultado no próximo post onde trarei mais alguns
detalhes desses primeiros passos. Vem muito suor por aí! Quem traz café pra
mim?!
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