sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Lista de Natal nº 1... porque vou lembrar de mais coisas depois!

Puta que pariu!!! Duas das minhas cantoras (mais que mais que mais que mais) favoritas estão com discos novos na praça. Um deles já vinha sendo namorado há um bom tempo. Sabe como é né?! Nesse Natal... Se alguém for pensar num presente pra mim... Ho ho ho!

O outro vei avassalador e inesperado. Uma proposta inovadora que certamente será um sonho para um aficionado em videomusic como eu!

A primeira pedida vem da Itália. Que voz! Laurita Pausini lançou uma coletânea intitulada "20 - The Greatest Hits"... OMG!!! "La Solitudine", "Gente", "Non C'è", "Le Cose che Vivi", "Tra te e Il Mare", "E Ritorono da Te", "Vivimi", "Un'emergenza d'amore" são tantas inesquecíveis! Algumas inéditas com a participação da Kyle Minogue. Tem outras parcerias com Ivete Sangalo, Michael Bublé, Lara Fabian, James Blunt... Tudo tão a cara do Natal. #Sonho.

Tá uma sapatão purinha, mas canta muito!!! E eu amo!




Já a outra gaiatinha da Beyoncé resolveu (na surdina, safada!) lançar um inédito com 14 faixas e 17 clipes. Isso, Brasil! Ela simplesmente resolveu lançar um CD com todos os clipes já prontos. Rapar%$@ que eu amo! Vale lembrar que o trabalho audiovisual tem passagens pelo Brasil (no vídeo de lançamento tem Queen Bey sambando com a "9 Canarinha" e passeando com Blue lá em Trancoso-BA. Ainda tem clipes de músicas já conhecidas como "Grown Woman".

Precisa de mais?!


No rol dos bons presentes para o final do ano fecho minha listinha com um sonho de consumo que vem me atentando nos últimos dias: a vontade de colecionar uma das maiores paixões da minha vida... a música!!! Mas tem que ser a bolacha preta que, como todos que me conhecem sabem, comigo é no drama, na nostalgia e no carão... kakakakkaka

Preço bom no Americanas.com. #fikdik


Quero uma vitrola de qualquer jeito. Deu vontade de comprar uns vinis e reunir meus amigos do peito pelo menos uma vez por mês e fazer disso uma coleção, um ritual, um momento de contemplação ao que a natureza nos deu... os sons...

Enfim. Chega de pedir. Vamos pra cervejinha que já é sexta! Beijos e juízo.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Papai Noel é Satanás em música ao contrário

Natal é aquela época que todo mundo faz carinha de safadeza e delícia. É tempo de paz, festa, reunião, comida boa e, claro, presentes! O mundo ocidental é assim e hoje em dia, baseado na facilidade de acesso aos produtos (aumento da renda média, fim da pobreza, etc.) praticamente nenhum brasileiro vai chegar até o dia 24 sem um mimo. A não ser os que guardam as economias pro queimão de 1º de janeiro (ow mundo réi suvina).

Hummm! Caio mais nessa não!

Da cabeça não sai a cor vermelha. Tiro isso por conta de uma corrida noturna desses grupos aeróbicos que presenciei ontem enquanto saboreava uma deliciosa salada de Filé de Frango Desfiado no Natural Leve. Centenas de corredores dividiam o símbolo máximo do espírito de nascimento que tem o Natal, o gorrinho do Papai Noel.

Por falar neste cidadão que reside ora no Polo Norte, ora na Lapônia, ora em Atlanta (na fábrica da Coca-Cola), ouvi falar muita coisa estranha ao seu respeito nos últimos dias. Revelações bombásticas que deixariam qualquer gato siamês de pelo do pescoço de pé.

Seria Papai Noel um brinquedinho dos infernos?!

Reza a lenda que Papai Noel é originário da lenda de São Nicolau, que durante a Idade Média trazia bicicletas e videogames para a garotada distribuía bondade e bens úteis a quem precisava. O bom velhinho, como conhecemos atualmente, é cria dos marketeiros da Coca-Cola que na década de 1930 deram cara, trejeitos e um saco recheado para este Menudo que vira a cabeça da moçada.

Além de toda a representação capitalista que esta data representa no mundo de hoje ouvi o relato de uma mulher que se diz pertencente a uma Igreja Evangélica. Num momento de ócio improdutivo perguntei quais seriam seus planos para o Natal e a mesma disse que nenhum. É um dia como qualquer outro.

Eu, indignado, vi surgir na minha cabeça diversas exclamações: CADÊ O PERU NA VIDA DESSA MOÇA?! CADÊ O SALPICÃO?! CADÊ O BARRACO DAS TIAS?! CADÊ A VELHA QUE FICA BÊBADA?! Ho ho ho...

Ela, percebendo minha reação, disse: Não fique assim! Essa história de Espírito de Natal é bobagem. Discutimos na Igreja nesse final de semana o seguinte:

ADENDO: Não consigo lembrar do texto corrido, por isso vou citar as principais ideias em tópicos. Palavras dela!

1. Papai Noel é uma criatura dos infernos. Lembra de Lúcifer? O que o nome dele quer dizer? Anjo de Luz. Anjo de Luz que caiu na Terra ao ser expulso do Paraíso por Deus. Papai Noel vem de onde? Do céu, em seu trenó, brilhando na noite de Natal.

2. Jesus falou na Bíblia que se nos visitasse entraria pela porta da frente com o intuito de que reconhecêssemos a sua presença. Ele foi bem didático quando disse que enquanto entraria pela porta principal o mal entra por outro lugar. Tcharam! A chaminé!

3. O que o diabo faz da vida dele? Aparecer nas músicas da Xuxa ao contrário? Não somente! Tentar ser tão poderoso e lembrado que Deus. Então Papai Noel seria um bom disfarce para Satanás tirar a atenção do verdadeiro aniversariante, o Menino Jesus.

4. Por que ganhamos presente do Papai Noel quando deveríamos era ofertar o que temos de bom? Como um bom político brasileiro (aquele da melhor espécie, tipo Imposto sobre Melhorias) ele vem comprar alguns votinhos durante esse período de festas para o partido dele. Quem não faz isso hoje em dia?

5. Segundo a Bíblia Jesus nem nasceu em dezembro. Minha mãe diz que foi em Outubro! (Ela adora dizer isso sempre!).

Capetão!

E assim nossa conversa acabou, porque me vi totalmente desconcertado diante de tantos argumentos que se fizeram tão plausíveis naquele instante. Não escondo que sempre foi um grande sonho desfigurar essa imagem do bom velhinho branco. Como esse cara ia deixar presentes em Iguatu e ninguém percebia. Por que ele sempre errava minha casa?

Enfim, no meio de crenças e descrenças a minha opinião é: Natal realmente não tem nada a ver com o tal do Papai Noel. Natal é estar com quem você ama, fazer cafuné, dar carinho a quem precisa ou não. Vive pelo menos em um dia um pouco da palavra civilidade.

E pra quem ainda duvida...


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Certeza que não é achada, não é certeza

Spoiler: Depois da foto tem mais texto!

Uma música uma vez me disse: "Eu acho que tenho certeza do que eu quero agora!".

Quem acha que tem a certeza?! Eu acho que tenho certeza de tudo, menos daquilo que não estou tão certo assim.

Sei que há uma linha que separa o que sou do que todos os outros são e é justamente manter essa linha que me motiva e me faz reinventar o que já é tradicional.

Há um amontoado de nuvens na janela. Elas dançarão até a chegada da noite.


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Hoje o dia foi muito bom. Adverso em relação aos acontecimentos que sobrevivi há alguns dias. Tudo estava do mesmo jeito que os "anteontens". O trânsito péssimo, as nuvens abertas, os colegas com a mesma cara (às vezes boa, às vezes ruim). Segui o meu ritual padrão de todos os dias. Tudo na mais perfeita ordem. Porém algo fez com as coisas hoje me deixassem mais feliz do que ontem. Mas não foram as mesmas coisas?

Tudo parece confuso para um rapaz como eu que no auge dos 26 caminha a passos lentos para um futuro que não conheço. Mas assim foi quando estava no pico dos 18, dos 12, dos 6...

No mais tudo em paz. Família saudável e feliz. Conquistas surgindo. Joelho tranquilo. Cervical em ordem. Passei até um final de semana na casa de praia. Mas a inquietação é a mesma. Tem dia que ela é ruim. Tem dia que ela é boa. Hoje é boa! Espero que amanhã também.

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Quantas coisas podemos fazer para melhorar o mundo em que vivemos? Hoje me deparei com uma revista que tinha por essência citar aquilo que podemos transformar na vida para que o coabitemos num lugar mais harmonioso. Abrigo feito de origami, chá verde, bicicleta com GPS... Será que é isso mesmo que queremos?

Você, caro e bravio leitor. É isso que você quer?!

O mundo perfeito me cheira a tramoia!

O discurso midiático nos intima convida a nos tornarmos mais saudáveis, mais relax, ecologicamente corretos, magros e que não podemos comer glúten. Estar em forma mesmo comendo brownie de chocolate da Germana. Poxa! Estão criando um novo modelo de gente e estão nos distanciando desse "new man" por extrema riqueza de detalhes que um ser humano pós-moderno precisa ter para estar entre os eleitos.

Cadê a hora em que vão dizer que estamos realmente ferrados e teremos que dar conta de melhorar a nossa vida com o que realmente temos nas mãos.

Definitivamente, não dá pra ser feliz indo ao trabalho de bicicleta, respeitando o meio-ambiente, enquanto as ruas estão esburacadas, não há ciclovias e a chuva vai acabar com o seu look (e vá se apresentar no trabalho desgrenhado em nome da sintonia terrena?).

Gente, não dá pra ter a dieta do Mediterrâneo quando em 99,99% dos restaurantes self-services desse país te oferecem de carboidrato arroz branco e proteína muqueca de arraia ou coxa de frango marinada.

Não dá pra ser perfeito num ambiente de tantas imperfeições. Assim a gente se cobra e se sente mal por isso. Acaba desabafando num Cornetto Sonho de Valsa como eu faço em honrados momentos de descontrole psíquico. Depois a gente se acha gordo e desarmonioso.

Acordemos e vamos viver com aquilo que a gente já tem. Nossa batalha não é por um mundo perfeito e sim para aperfeiçoar o que já nos foi dado com diversas falhas.

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Quero cervejaaaaaa!!!!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Ser Mandela por um dia

Napoleão Bonaparte. Alexandre. Jesus Cristo. Leonardo da Vinci. Adolf Hitler. Maurício de Nassau. J. F. Kennedy. Martinho Lutero. Buda.

Quem você gostaria de ser se pudesse um dia se comparar a um grande nome da história do mundo registrado (aquele que temos evidências de que foi fato!)?

É fato que uma mistura de desejo, sede de poder, senso de humanidade, poderiam me levar a escolher qualquer um deles. Representar uma época e o povo que viveu naquele momento histórico faz de um mortal um ícone, uma referência, um totem cravado nas entranhas do entendimento do planeta que habitamos talvez por uma grande coincidência universal. O universo e suas travessuras!

Eu queria ser Nelson Mandela. Que nome! Já pensou em um dia ser Nelson Mandela? Da comunidade para as páginas dos livros mais importantes sobre civilidade e política. Aquele que fez da luta de seus semelhantes o passaporte para se tornar a figura mais importante da História que pude constatar.



Se hoje fosse aquele negrinho Rolihlahla Mandela que acabara de nascer em  Mvezo, África do Sul, num frio 18 de julho de 1918. Com meu pai guerreiro tribal proclamando os ritos comuns à chegada de um novo rebento. Com minha mãe gemendo de dor no meio do nada. Agitando meu corpo em busca do mundo que tanto me surpreenderia.

Se tivesse de aprender uma sabedoria milenar de forma oral. Conversas sobre os antepassados que viram fantasmas nas vidas dos que preservam suas tradições. Se tivesse que ir até Qunu, frequentar uma escola regular. Se ganhasse o nome Nelson da minha professora.

Se hoje, no meu aniversário de 16 anos, fosse circuncidado com uma ponta de uma lança de ferro e gritasse: "Eu sou um homem!".

Se em Fort Hare tivesse aprendido a ser um representante negro e ouvisse meus professores dizerem que meus irmãos e eu seríamos "os líderes do nosso povo". Se fosse a hora de aprender e aprender. Inglês, antropologia, administração nativa, direito romano, holandês...

Se tivesse me engajado desde cedo e reivindicado melhorias na qualidade da comida oferecida na Universidade. Se vigiasse minas até me formar. Se caísse num buraco chamado Joanesburgo onde a cruel face da intolerância racial me mostrasse que a nobreza que meus antepassados me deixaram e o orgulho pela cor da minha pele que o mundo não era tão justo como na minha aldeia.



Queria eu estar na linha de frente contra os "ingleses" que impuseram a brutalidade do apartheid em 1949 no dia de hoje. E logo depois me tornar o nome de toda uma nação clamando por igualdade de direitos. De desejar a natureza da minha terra e de desfilar nas riquezas do meu solo (que não são monetárias, mas sim espirituais). Falar o meu dialeto. Usar as cores que preferisse em minhas roupas. Andar pela minha Soweto.

Queria ser Mandela para empunhar a "Lança de uma Nação" e chegar a conclusão que um discurso de paz e entendimento já não seria suficiente, mas continuar acreditando que aquele caminho desacreditado sempre seria a escolha correta para se conquistar uma terra de igualdade. E em Rivonia virar preso perpétuo. O prisioneiro 46664.

Queria hoje ser preso. Ficar na minha Ilha de Robben por 18 anos ou mais.

Nelson Mandela hoje me faria humanizar um pouco mais o mundo. Refletir sobre que caminhos estamos traçando diante de tanta injustiça e desigualdade. Talvez o Mandela que habitaria em mim deixaria um diário de memórias de quantas pedras seria obrigado a quebrar, quantas noites de frio teria de enfrentar e dormir no chão... e sorrir... e abraçar meu inimigo como a um irmão.

Se pudesse ser Nelson Mandela hoje, me sentiria unificador da minha própria vida e seria recebido em um estádio lotado de tolerância.



Queria ter tudo de Mandela por um dia. O olhar, o sorriso, a forma doce como demonstrou lidar com os empecilhos, as adversidades e para com aqueles que tanto odiavam o seu jeito de ser. Queria o cabelo de Mandela. As cores de Mandela. A serenidade de Mandela.

Se pudesse ser Nelson Mandela hoje, descansaria em paz no leito de quem tanto amei... minha terra, a própria vida!

Como ser Mandela é impossível, serei Mandela então no jeito de lembrar o quanto não podemos desistir de construir algo melhor. E de como somos detentores dos mecanismos para fazer a vida bem melhor, ao lado de todas as outras pessoas.

Como só um milagre faria com que fosse Mandela, uso aquilo que Mandela mais nos lembrou todos os dias de sua curta vida: o jeito mais sincero e genuíno de ser grato por tudo o que temos ao nosso redor...

Obrigado Madiba!

É por aí que estou!

Meu nome é continuidade. Só que não!

Já faz duas semanas que não passo por aqui. Mesmo assim me sinto livre por não precisar dar satisfação a ninguém (se bem que meio que pedi desculpas pela ausência!). Poxa, quem falou que eu tenho algum leitor? Nem quero realmente ter (bem no fundo gostaria!).

O mundo deu vários giros nesses dias de ausência... Fui padrinho de casamento de uma prima. Viajei para a minha cidade natal e reencontrei minha família. Tive uma semana inteira de organização de uma festa da firma. Fui pra festa da firma. Dourei a pílula. Bebi. Presenciei milagres e certezas. Entrei no sorteio para mais ingressos da Copa.

Mandela se foi com um pouco da alma de todos nós.

O que não muda é o desejo de ir além. Encontrar novos horizontes. Visualizar novas perspectivas. Uma vida baseada na vontade de viver o novo. Ser o novo. Construir o novo.

É por aí que eu estou.

Beijos!