domingo, 19 de janeiro de 2014

Se o MEC abrir curso de celebridade, medicina fica pra trás...

Por que todo mundo pensa que é tão fácil assim ser uma celebridade? Que encanto é esse em ter sua vida exposta para milhões de pessoas e achar que é a única saída para uma vida feliz? Meu Deus! A sede pela mídia vai fazer nossa sociedade decair num abismo jamais visto.

O Brasil, no rastro dos seus últimos 25 anos, se transformou numa máquina onde a maioria das pessoas vive em torno do sucesso. Se você não pode ser ídolo, por que a sede pelo fanatismo?

Estou extremamente chocado ao ver uma reportagem mostrando que jovens comuns possuem legiões de "fãs" nas redes sociais ao não produzirem nada de útil. "É o jeito como a gente se veste, nossa maquiagem, nosso jeito", disse uma dessas pessoas.

E não era mentira! Um vídeo de um dos participantes do material jornalístico mostrava dezenas de pessoas insanas berrando como a um grande astro do cinema. Enquanto isso, as salas de teatro estão vazias...

Quem não quer ser adorado? Quem não quer passar nessa vida sob a luz da notoriedade? Meu Deus! O Estado está crítico.

MEC!!! Criem já o curso de Celebridade, com cadeiras do tipo: Redes Sociais I e II; Mulher-Fruta sendo obrigatória para Peladona de Aeroporto; Personalidade da Mídia; Maria-Chuteira; Apalpada por Jogador de Futebol; Filha Gostosa de... Assim, Medicina certamente deixará de ser o curso mais concorrido do país.

O jornalismo me cansou pela sede em que muitos dos meus "colegas" queriam aparecer. Ser notáveis pela sua imagem e não pelo seu conteúdo. Poxa! Não era bem isso que eu sonhava para a minha vida. Imagina sem diploma obrigatório.

O famoso "Rolezinho" nos evidencia a desgraça que os meios de comunicação e os novos valores da sociedade estão fazendo com a cabeça dos nossos jovens. Está cada dia mais escassa a produção criativa e a dedicação ao intelecto dos mais novos. Nas periferias, tudo piora com os benefícios concedidos pelo governo. Hoje se consome qualquer baixaria sem mastigar.

Vai ser duro daqui pra frente! Se já não é fácil para a minha geração evidenciar a pobreza humana que nossos pares vem demonstrando através da violência urbana, do trânsito caótico, da política corrupta e do "jeitinho brasileiro de levar a vida", temo pelos meus que virão daqui a 10 anos.

E você, o que me diz?

Lamento informar, mas o BBB 14 teve uma média de audiência mais alta em sua estreia do que o BBB 13. Quem tá na hora de ir pro paredão?

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Vocês realmente precisam ver esse filme!

Era uma tarde comum de certo modo. De diferente, talvez a pequena quantidade de carros tão comum às 17h em Fortaleza. Engarrafamento? Talvez de 15 minuto. Um luxo. Depois de uma agendada atividade inadiável seguimos sem freios para o oásis de nossas angústias. Fugimos dos nossos corpos e vivemos a vida alheia descaradamente. A vida alheia de quem, na maioria das vezes, nunca existiu. Mas só isso já nos fez bem.

A mágica da vida se revela nas telas do cinema. O objetivo era ver o tão esperado filme com a (por mim considerada!) a maior atriz da vida: Meryl Streep, "Álbum de Família". Poxa, a sessão era às 21h45, ia ficar tarde. A realidade acorda cedo e o corpo que quer sonhar tem que acordar.

Que tal "O Lobo de Wall Street"? Scorsese, DiCaprio, pode ser uma boa pedida. 21h30! Não era mesmo o dia.

- O que temos pra essa hora? Passam um pouco das seis?

- Ah, tem esse filme aqui da sessão de arte. Francês. A Germana queria ver com a gente...

- "A Espuma dos Dias". Pode ser?

- É. Já que estamos aqui. - olhei pro mundo beeem emburrado. Todos conhecem o que é um ariano contrariado.



Adoro saber tudo, nos mínimos detalhes sobre o que faço. Se leio um livro, quero todas as informações básicas, curiosidades, contexto histórico... Não diferente ajo com um filme. E esse filme aí, não consigo decorar nem o nome.

Caí de cara em um Ovomaltine do Bob's para afogar as mágoas e vamos à sala 11, do lado de "Até Que a Sorte nos Separe 2". Algumas pessoas na sala e os trailers já indicando um bom francês durante a película.

Os primeiros minutos do filme produzido pela Pandora Filmes (e o rosto daquela moça misteriosa que dá medo!) me causaram, no mínimo, estranhamento. Muitas cores, máquinas de escrever, produção em série... quanta psicodelia. Aos poucos fui apresentado ao mundo de Colin (Romain Duris). Um bom vivant cercado de engenhocas engraçadas e amigos dos mais interessantes.

O mundo fantástico daquele homem parisiense nos traz diversas referências e símbolos, críticas disfarçadas em pratos com enguias e até um piano que faz cocktails, em predominante crítica à cultura norte-americana. Há uma dança diferente em que as pernas viram grandes varetas flexíveis que é muito divertida...

É preciso um pouco de paciência para chegar até o ponto em que o filme declara para que veio, quando Colin conhece em uma festa de um cachorro a doce Chloé (Audrey Tautou). Não tem como essa moça ser menos fofa?!

Daí o romance dos dois, que para no altar nos reserva lindas imagens e mais referências e simbologias existencialistas. O filme entrega nas nossas mãos o mistério principal, quando no alto de tanta alegria a jovem noiva descobre que tem uma flor-de-lótus no pulmão... A partir daí é com vocês.

O retrato que Colin faz do mundo, tão surreal, me arrebatou de uma maneira muito própria. Às vezes me sinto naquele mundo de engenhocas. Vendo tudo o que existe com um olhar mágico. Isso se apresenta como necessário. Dar vazão ao que parece tão real permite que fiquemos aqui um pouco mais. Suportando a dureza dos dias e sabendo imortalizar a beleza das alegrias.

Deparei-me no meio de sua casa por diversas vezes, até quando ela vai diminuindo de tamanho... O passar dos dias bons e ruins. Tudo isso acabou me fazendo tanto sentido... e também fará àqueles que parem alguns minutos para dar novos olhos ao óbvio.

Para quem ainda é mais inteirado em assuntos filosóficos, "A Espuma dos Dias" vale como uma crítica àqueles que se alienam. No caso, encontramos um personagem aficionado por correntes de pensamento que faziam moda no período em que se passa o filme (futuro e passado se confundem!): as teorias de Jean-Sol Partre e da Madame Dubovoir, ironizando Jean Paul Sartre e sua esposa, Simone du Beauvoir.

As cores vão sumindo e o filme termina completamente em preto-e-branco, dialogando com os sentimentos do jovem Colin no final da história. Deu nó na garganta...

Só no final me ative a rever o cartaz do filme. Baseado no livro homônimo de Boris Vian, sua obra-prima e dirigido por Michel Gondry (Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças).

Como crítico de cinema, me acho um ótimo bebedor de cerveja. Mas garanto que essa obra foi uma das mais notáveis que vi nos últimos anos. Pela magia. Pelos efeitos sem a presença de computadores e bonecos digitalizados. Pelo artesanato. Pelo roteiro. É muito bom saber que ainda temos a criatividade, ousadia, que nos faz nos sentirmos crianças de novo. Vocês realmente precisam ver esse filme!

Trailer legendado:



segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

New Directions ou o post musical!

Creio que este post represente uma nova modalidade de textos desse blog: os textos musicais. Quem quiser entender o título basta clicar aqui.

Leia os quatro primeiros parágrafos ouvindo essa música!


Como se fosse primeiro dia de aula. Senti aquele cheirinho de chuva e bora para o primeiro dia útil de 2014 na minha concepção. Até que o trânsito estava livre, mas os últimos dias de folga e relaxamento me fizeram um bem danado. A viagem que fiz ao Rio de Janeiro no Réveillon renovou totalmente as minhas expectativas por mudanças em algumas coisas cruciais que há um bom tempo estava me devendo.

Reencontrar gente querida também é um ponto alto de cada dia. Principalmente hoje em que todos estavam muito cheios de novidades. Algumas positivas e outras negativas. Mas minha boca esteve cheia de mim hoje. É bom compartilhar alegria! Eu gosto.

Ganhei até um mega queijo de manteiga de uma paciente de Orós-CE. Desiludiu-me um pouco quanto à dieta prometida. Hoje me inspirei até num argumento para um possível livro. Escrevi até o primeiro capítulo. Quem sabe um dia crio coragem e publico aqui no blog. Tenho engatilhados mais três argumentos com alguns rabiscos, mas tenho muita vergonha para continuá-los e também acredito que não tenho a técnica necessária para escrever romances. Para escrever nada muito comprido, na verdade.

E nesse ritmo foi meu dia. Corri 4,3Km e a perna doeu.

Pare a música anterior e leia os próximos dois parágrafos com esta!


De repente, lembrei de coisas muito engraçadas que sempre aconteceram nesta vida. Sou tão falastrão o tempo todo que temo não dar espaço para que os outros falem. Aaaaah! Como é difícil. É porque sempre acho que minhas histórias são interessantes e descompromissadas. Um dia ainda levo uma ratada de vez.

Mas compartilho neste trecho uma coisa legal que aconteceu na viagem. Em um passeio com um grupo de argentinos, começaram a me indagar sobre coisas do Brasil. "Que olor tem una jaca?!". "Ustedes comem formigas?!". "Tanajuras!". E no meu bom e novo portunhol saí falando a torto e a direito. Já viram, né?! Mas daí uma turista olhou e disse: "Hablas bien el español!!" kakakakkaka. Daí então só saiu "Yo quiero me atrepar num pé de cueco!!!"

Próxima música se refere aos parágrafos seguintes:


Quem disse que a gente não pode se reinventar?! Chega desse negócio de que somos predestinados. Para quem é religioso garanto que Deus não gosta! Deus, Alá, Jeová, Buda... Os caras gostam de atitudes. Atitudes que não firam o direito do próximo. Que não machuquem quem está por perto. Que não ofendam e que não maltratem.

Vamos ser críticos galera! Já está na hora! Sabia que 100% das músicas de forró eletrônico trazem como tema sexo, consumo de drogas, violência contra a mulher, autoafirmação e mensagens que não se entendem (tipo "dei um giro no planeta/de carona num cometa/zig zag zum")... Não há auditoria para esses dados só sei que isso é perigosíssimo. O pior é que a gente nem percebe... E o tempo tá passando... E a barriga vai crescendo... E como um meme que uma amiga postou nas redes sociais.

- É menino ou menina?
- Não, é um hambúrguer!!!!

Troca a faixa:


Só pra ilustrar o intervalo comercial ou Germana saberá o que é isto!

Por fim, o musical de encerramento!


E como não podia deixar de ser. Ao chegar em casa pude reencontrar algumas das performances que mais adoro do Glee (até hoje o único seriado que acompanhei, até a 3ª temporada!). Lembrei com essas músicas me fizeram bem durante uma fase difícil da minha vida. Agradeço a alguns desses mocinhos sim. Vi esse videozinho porque fazia tempo que não vi nada novo que eles fizeram... Matei a saudade. Quem sabe engato a 4ª. Temporada!

Juízo e curtam essa música idiota até o fim.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Já somos 5!

Caros amigos da minha faculdade, demorei alguns dias para escrever este texto que está engatilhado na minha cabeça há séculos. Li a linda mensagem postada por Jhonathan no Facebook e queria fazer um comentário um pouco maior. Espero que entendam a demora. Este texto é pra vocês!





Era um dia de muito calor em Iguatu. Dia 22/12/2004. Uma data emblemática. Diferentemente do que p mundo é hoje, internet era algo realmente para privilegiados. Acordei cedo e junto à minha grande amiga Aline fomos aos antigo CVT, onde podíamos acessar por R$ 1 a hora. Que lista enorme. Cadê a letra M? Não, não está! Sim, está! Passei. Aos 17 anos já estava credenciado a cursar o que tanto sonhei: Jornalismo.

Ao chegar em casa, meus pais estavam agitados. Minha irmã também! Todos estavam ansiosos pelo ingresso do primeiro membro da família em uma universidade. Pública então! Quem me conhece sabe o quanto sou brincalhão nessas situações. "É gente... infelizmente... vamos passar o São João em Campina Grande! Passei!". Lágrimas, lágrimas e expectativas...



Dois meses se passaram, já era fevereiro e a mudança estava próxima. Como levar um espelho para Campina Grande?! Um dos dilemas. Como deixar o filho pródigo ir?! Outro tal qual. Chegou o dia. Já tinha casa garantida. Bodocongó. Novo endereço, novos nomes. Ter que pegar ônibus para ir a algum lugar. Como já era hábito, separei com cuidado a primeira roupa a usar. Sabe como é essa coisa de primeira impressão... Ver minha mãe partir foi duro. Ainda ouvir: "agora é cada um por si!".

Dia 07/03/2005 foi o dia. Cearense sozinho entrando em uma sala de aula repleta de pessoas de tantos lugares, com tantas histórias de vida, que emoção! As primeiras palavras foram com um rapaz chamado Edmilson. Quem diria, anos depois seria para sempre o pai daquela família...

Aos poucos iam aparecendo os textos de Sociologia, as maratonas dos afazeres domésticos. Tudo isso com uma grande dose de conflitos com a pessoa que comigo dividia a morada. Assim também surgiam pessoas maravilhosas como Marta, Muriel e Nabila. Tudo era como no primeiro dia de BBB. Foi assim com Kárem, Ana Célia, Leonarda, Samuel Dias...

Tinha uma tal de Jacqueline, lá do Juazeiro do Norte, que não fui muito com a cara. Que menina chata! Mete-se em tudo! Lê todos os textos. Desenha a camisa. Aaaah! Mal sabíamos que dali sairia uma irmandade. Sonharíamos juntos, dançaríamos juntos, teríamos um ao outro para sempre!

As semanas iam passando e outros tantos seres maravilhosos eu começava a vislumbrar. Jhessyka, que me ensinou a não pegar dois ônibus para ir ao Centro. Mal sabe ela o quanto me foi importante. Deu-me sua mão, me ajudou a superar tantas dificuldades. Ouço sempre o som de sua voz me orientando. Tenho medo de tê-la magoado em algum momento. Sofro por isso. Mas quem sabe um dia nossas vidas estarão reunidas de novo. Quero eu!



Veio Fernanda, aquele doce em forma de gente! Aquela parceira! Aquela amiga! Lembro-me do dia em que ela disse que o filme "Paris, Eu Te Amo" era a minha cara. Nunca fui a Paris e nunca vi esse filme, mas tais palavras sempre me pareceram o maior dos elogios. Que saudade!

Renatinha, a meninas trabalhadora e adorável que também foi muito importante em tantas horas de geladeira. Tantas horas de solidão. Tantas risadas e caminhadas ao centro.

Larissa! Carrego em pessoa. Sempre me deu o maior dos carinhos. Sempre trocamos enormes figurinhas. Sempre torci pra que ela fosse muito feliz. Silmara. Juro que ainda não consigo entender como uma pessoa pode ser tão iluminada assim? Como me senti em casa na sua casa? Como me senti fraterno em teus braços? Sil, és tão iluminada, que no meio de tanta incompreensão soube sempre me perdoar. E me fazer sentir bem... A gente briga, mas ela sabe que está aqui dentro do meu peito! Ela sabe que não é do meu feitio lembrar de muitas coisas que são importantes, mas eu sei que ela guarda um grande carinho por mim. Espero! Isso me motiva a continuar... Lembro-me de uma vez em 2006, quando tive um sério problema de saúde e tive que voltar para o Ceará. Mandei só uma cartinha explicando o que tinha acontecido e senti sua amizade Sil, quando me dissestes que as coisas iam ficar difíceis por aí. Fostes a minha família naquele momento. Obrigado!



Jerller e a nossa sã Espera Eterna. Esperávamos tanto, conseguimos um tanto mais. Izabel, de Pocinhos para o Mundo. Arrasou em tudo que fez e faz. Outras que vieram depois e também complementaram a alegria no nosso mundo como Thiago, Igor, Inácio, Isabelli...



Tinha também uma menina chamada Clara Marinho. De Santa Luzia. Lugar que não tem preço. Forte e cheia de independência. Não dizia nada por acaso. Foi uma mesa em que tratávamos sobre as inconstâncias do universo. O que o mundo nos reservava. Por que estávamos ali naquele momento? Foi uma verdadeira revelação. Foi o abrir dos olhos para mais uma das figuras mais importantes da minha existência. Minha amiga! Quantas coisas passamos e superamos juntos. Quantos momentos memoráveis. Daria minha vida para tê-los novamente.

Menino do interior, cheio de sonhos e desejos. Muita alegria no coração. Pude compartilhá-las com gente como Weldyna e Ivan. Grandes pessoas que o tempo afastou, mas que ainda me despertam grandes sentimentos.

"Ah, você que é a Aluska?". "Sim!". "Lembro do seu nome na lista de aprovados". Ela chega chegando e assim fez. Aluska. A moça das polêmicas que eu mais adoro. Fiz questão de ser seu amigo e pude dividir grandes lembranças em atividades da faculdade, organização da formatura... Uma parceria, uma amizade. Deu e dá certo! Alguém que amo muito e que estudou comigo à noite. Luz, que traz um tanto da minha alma. Luz que faz! Amo-te muito e te agradeço por todas as confidências e gestos nesse tempo todo.

"Saskia?!"

"Quem é essa?! Desistiu?!"

"Como assim desisti?!". Ali estava Sáskia, a potiguar hauhauahuah! Chegou depois da hora marcada, mas foi um encontro de tal grandeza. Estava ali uma daquelas que acredito no primeiro olhar. Pude rasgar meus anos em elogios à suas características primordiais: determinação, carinho e desenvoltura no que faz! "É linda, e se garante no que faz!".

Assim como ela, uma semana depois foi a vez de um furacão também do RN a entrar sem bater no meu coração. Pena que por tão pouco tempo pude compartilhar os anseios da vida afora com Mayse! Nome forte! (Estou até ouvindo sua quase xará cantando no Canecão). Sabe alegrar tanto o meu coração! Em todos os lugares. Juntos ou sozinhos. Só Deus sabe o quanto o meu coração ficou apertado quando você foi embora. Só Deus sabe quanta alegria me dá saber que continuas na minha vida.



Por falar em irmão, chego ao fim com as lembranças dos meus inseparáveis e fieis escudeiros. Jhonathan, o filho que meus pais queriam ter, o irmão que tenho! Obrigado por ter me acolhido em sua casa por tantas vezes. Obrigado pela construção de muito do meu senso crítico. Obrigado por compartilhar seus pensamentos, filmes, músicas comigo. Tenho tantas boas lembranças dos tempos de briga. Dos caldeirões incandescentes que acendestes. O último que falou comigo foi também um dos que mais marcaram. Era dia 08/04/2005 (completava 18 anos, tomei um porre homérico de vodka Natasha e ganhei até Sonrisal inteiro na boca). Horas antes, aguardando uma aula de Filosofia que nunca acontecia lembrei a todos do meu aniversário. Sua primeira palavra para mim foi: "Parabéns aí!". Éber Freitas. Outro cara que me ensinou tanto com gestos e palavras. Que sempre me arrancou ótimos sorrisos e compartilhou comigo grandes histórias. Obrigado pelo pensionato da Dona Nilda. Obrigado por ser meu irmão.

Pois é. Agora estou no dia 20/12/2008. Quatro anos depois. Todos muito arrumados, lustrosos e felizes no alto de suas músicas escolhidas a dedo. Quanta alegria! Muitos sorrisos! Nossas famílias. Era o brinde de tanto esforço e dedicação. É uma data histórica. É uma pedra fundamental na minha vida.

Alô! Na verdade, é dia 04/01/2014. São 11h19. Estou na minha sala de jantar ouvindo Maysa. Lembrando das graças que a vida me deu. Da família que o tempo não vai apagar do meu coração. Dos meus amados amigos. 5 anos já! Poxa! É tudo tão ingrato e delicioso.

Estou tonto... Estou chorando e sorrindo ao mesmo tempo. Estou com nossas histórias no coração. Estou com um desejo enorme de agradecer e pedir desculpas. Tudo o que fiz e faço foi pelo nosso bem. Nunca cansarei de dizer que os amo e que devo muito a vocês. Estou honrado. Estou agraciado. Fui abençoado por encontrar os mais valiosos amigos.

5 anos já! Já somos 5!

Melhor que o ano novo, é fazer promessas para ele!

Bom dia mundo! Bom dia 2014! Minha alma se levanta mais uma vez para celebrar o início de uma nova era (assim como é todo santo ano!). Sou místico e ponto. Todos sabem que acredito em horóscopo, não deixo de dizer "se Deus quiser" ou "graças a Deus", ao mesmo tempo já recebo o título de "filho de Iemanjá"... acredito em tudo e, nos dias de hoje, posso dizer que isso não representa somente ingenuidade. Significa estar aberto a tudo o que o mundo te oferece. Significa ter o direito de se espantar com o absurdo. Significa a chance de se indignar com o que está errado.

Pois bem, um novo ano se inicia. E depois de tanta farra e toneis de pecados capitais adquiridos causados pelas festas das últimas semanas de 2013, posso dizer que trago muitas novidades e muita vontade de transformar o que está começando em algo memorável. Quem sabe este não é o seu ano e você nem está dando tanta importância assim? Quem sabe você vai lembrar do longínquo 2014 no alto de sua cadeira de rodas e dizer: "que ano foi aquele tal de 2014!".

Eu estive lá! Motivo para outro post.

É assim que eu enxergo a vida. Enxergo meu dia como o mais importante de todos os outros. Carpe Diem?! Talvez. O que importa é o ar que temos hoje. A nossa próxima refeição. A música seguinte. Aquele filme que faltou da lista do Oscar do ano passado. Há tantas coisas pendentes que olhar pra elas de vez em quando nos traz uma imensa felicidade. Que tal, fazer deste novo ano um momento para resgatar aquilo tudo que sempre nos prometemos e nunca fizemos?

Hoje, por exemplo, deixei meu carro sujo para voltar aqui e escrever o que anda rolando na minha cuca e gostaria tanto de compartilhar com vocês.

Voltando ao tema ano novo, e quais são as suas metas para este ano?! Todos queremos fazer coisas diferentes, mas nem sempre isso é possível, pois diante da nossa absurda característica de estar descontente com o que temos por perto queremos sempre o material. O palpável demais. E o espírito?!

Ano passado prometi fazer exercícios todos os dias, além de passar no mestrado. Desisti no primeiro final de semana e acabei passando um ano sem objetivos. Uau!!! Portanto, dei-me a chance de um ano mais impalpável! Para este ano resolvi cortar excessos que me acompanharam durante muitos anos.

Primeiro: menos álcool! Achei super interessante um amigo de Facebook que disse certa vez que nunca pensou que se divertiria tanto sem beber nada. Isso é possível, juventude! Chega daqueles mega porres de cerveja que te deixam soluçando e te afastam das pessoas. Este ano, prometo, no máximo duas taças de vinho;

Segundo: Por que ser escravo da comida?! Controle, Brasil! Essa é a palavra do ano. Cortando aos poucos aquilo que é supérfluo e vai além do que conhecemos como saciedade. Todo mês três coisas. Comecei com molhos brancos, sorvetes de creme após o almoço e salgadinhos (coxinha, canudinho, empadinha... todas aquelas tentações em título diminutivo, mas em calorias aumentativas;

Terceiro: Ter mais contatos pessoais. Chega dessa coisa de telefone.  Nunca gostei mesmo. Vamos às praças, aos restaurantes, ou até à minha casa que sempre está de portas abertas aos bons amigos;

Quarto: Menos TV! Isso já fala por si só;

Quinto: Mais presença na vida de quem te ama. Ir mais à Iguatu, à casa de quem gosto. Mostrar que lembro diariamente de todos os que amo e que eles se fazem realmente presentes em minha vida;

Sexto, e finalmente: EQUILÍBRIO. Chegou a hora de me contentar com o que tenho e usufruir das coisas de forma mais parcimoniosa. A vida já é tão boa. O cosmos nos dá conforto e nos orienta nos momentos mais difíceis para que os superemos. Para que ser descontente?! Por que não dividir a nossa vida um pouco pra tudo?! Chega de dar atenção a uma única coisa. Como diria o poeta, "toda unanimidade é burra". Vamos experimentar comigo em 2014!

Pois bem, concordem ou não, momentos como esses nos dão a chance de construir coisas positivas com o passar do tempo. Se cumprirei tudo?! Isso é papo pra outro post. O que importa é que enquanto me lembrar que tais coisas são importantes, meu subconsciente estará alerta e menos chances terei de cair em grandes erros, que neguem a mim mesmo aquilo que tanto acredito.

Sem mais delongas. Feliz 2014!!!