domingo, 19 de janeiro de 2014

Se o MEC abrir curso de celebridade, medicina fica pra trás...

Por que todo mundo pensa que é tão fácil assim ser uma celebridade? Que encanto é esse em ter sua vida exposta para milhões de pessoas e achar que é a única saída para uma vida feliz? Meu Deus! A sede pela mídia vai fazer nossa sociedade decair num abismo jamais visto.

O Brasil, no rastro dos seus últimos 25 anos, se transformou numa máquina onde a maioria das pessoas vive em torno do sucesso. Se você não pode ser ídolo, por que a sede pelo fanatismo?

Estou extremamente chocado ao ver uma reportagem mostrando que jovens comuns possuem legiões de "fãs" nas redes sociais ao não produzirem nada de útil. "É o jeito como a gente se veste, nossa maquiagem, nosso jeito", disse uma dessas pessoas.

E não era mentira! Um vídeo de um dos participantes do material jornalístico mostrava dezenas de pessoas insanas berrando como a um grande astro do cinema. Enquanto isso, as salas de teatro estão vazias...

Quem não quer ser adorado? Quem não quer passar nessa vida sob a luz da notoriedade? Meu Deus! O Estado está crítico.

MEC!!! Criem já o curso de Celebridade, com cadeiras do tipo: Redes Sociais I e II; Mulher-Fruta sendo obrigatória para Peladona de Aeroporto; Personalidade da Mídia; Maria-Chuteira; Apalpada por Jogador de Futebol; Filha Gostosa de... Assim, Medicina certamente deixará de ser o curso mais concorrido do país.

O jornalismo me cansou pela sede em que muitos dos meus "colegas" queriam aparecer. Ser notáveis pela sua imagem e não pelo seu conteúdo. Poxa! Não era bem isso que eu sonhava para a minha vida. Imagina sem diploma obrigatório.

O famoso "Rolezinho" nos evidencia a desgraça que os meios de comunicação e os novos valores da sociedade estão fazendo com a cabeça dos nossos jovens. Está cada dia mais escassa a produção criativa e a dedicação ao intelecto dos mais novos. Nas periferias, tudo piora com os benefícios concedidos pelo governo. Hoje se consome qualquer baixaria sem mastigar.

Vai ser duro daqui pra frente! Se já não é fácil para a minha geração evidenciar a pobreza humana que nossos pares vem demonstrando através da violência urbana, do trânsito caótico, da política corrupta e do "jeitinho brasileiro de levar a vida", temo pelos meus que virão daqui a 10 anos.

E você, o que me diz?

Lamento informar, mas o BBB 14 teve uma média de audiência mais alta em sua estreia do que o BBB 13. Quem tá na hora de ir pro paredão?

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