sábado, 4 de janeiro de 2014

Já somos 5!

Caros amigos da minha faculdade, demorei alguns dias para escrever este texto que está engatilhado na minha cabeça há séculos. Li a linda mensagem postada por Jhonathan no Facebook e queria fazer um comentário um pouco maior. Espero que entendam a demora. Este texto é pra vocês!





Era um dia de muito calor em Iguatu. Dia 22/12/2004. Uma data emblemática. Diferentemente do que p mundo é hoje, internet era algo realmente para privilegiados. Acordei cedo e junto à minha grande amiga Aline fomos aos antigo CVT, onde podíamos acessar por R$ 1 a hora. Que lista enorme. Cadê a letra M? Não, não está! Sim, está! Passei. Aos 17 anos já estava credenciado a cursar o que tanto sonhei: Jornalismo.

Ao chegar em casa, meus pais estavam agitados. Minha irmã também! Todos estavam ansiosos pelo ingresso do primeiro membro da família em uma universidade. Pública então! Quem me conhece sabe o quanto sou brincalhão nessas situações. "É gente... infelizmente... vamos passar o São João em Campina Grande! Passei!". Lágrimas, lágrimas e expectativas...



Dois meses se passaram, já era fevereiro e a mudança estava próxima. Como levar um espelho para Campina Grande?! Um dos dilemas. Como deixar o filho pródigo ir?! Outro tal qual. Chegou o dia. Já tinha casa garantida. Bodocongó. Novo endereço, novos nomes. Ter que pegar ônibus para ir a algum lugar. Como já era hábito, separei com cuidado a primeira roupa a usar. Sabe como é essa coisa de primeira impressão... Ver minha mãe partir foi duro. Ainda ouvir: "agora é cada um por si!".

Dia 07/03/2005 foi o dia. Cearense sozinho entrando em uma sala de aula repleta de pessoas de tantos lugares, com tantas histórias de vida, que emoção! As primeiras palavras foram com um rapaz chamado Edmilson. Quem diria, anos depois seria para sempre o pai daquela família...

Aos poucos iam aparecendo os textos de Sociologia, as maratonas dos afazeres domésticos. Tudo isso com uma grande dose de conflitos com a pessoa que comigo dividia a morada. Assim também surgiam pessoas maravilhosas como Marta, Muriel e Nabila. Tudo era como no primeiro dia de BBB. Foi assim com Kárem, Ana Célia, Leonarda, Samuel Dias...

Tinha uma tal de Jacqueline, lá do Juazeiro do Norte, que não fui muito com a cara. Que menina chata! Mete-se em tudo! Lê todos os textos. Desenha a camisa. Aaaah! Mal sabíamos que dali sairia uma irmandade. Sonharíamos juntos, dançaríamos juntos, teríamos um ao outro para sempre!

As semanas iam passando e outros tantos seres maravilhosos eu começava a vislumbrar. Jhessyka, que me ensinou a não pegar dois ônibus para ir ao Centro. Mal sabe ela o quanto me foi importante. Deu-me sua mão, me ajudou a superar tantas dificuldades. Ouço sempre o som de sua voz me orientando. Tenho medo de tê-la magoado em algum momento. Sofro por isso. Mas quem sabe um dia nossas vidas estarão reunidas de novo. Quero eu!



Veio Fernanda, aquele doce em forma de gente! Aquela parceira! Aquela amiga! Lembro-me do dia em que ela disse que o filme "Paris, Eu Te Amo" era a minha cara. Nunca fui a Paris e nunca vi esse filme, mas tais palavras sempre me pareceram o maior dos elogios. Que saudade!

Renatinha, a meninas trabalhadora e adorável que também foi muito importante em tantas horas de geladeira. Tantas horas de solidão. Tantas risadas e caminhadas ao centro.

Larissa! Carrego em pessoa. Sempre me deu o maior dos carinhos. Sempre trocamos enormes figurinhas. Sempre torci pra que ela fosse muito feliz. Silmara. Juro que ainda não consigo entender como uma pessoa pode ser tão iluminada assim? Como me senti em casa na sua casa? Como me senti fraterno em teus braços? Sil, és tão iluminada, que no meio de tanta incompreensão soube sempre me perdoar. E me fazer sentir bem... A gente briga, mas ela sabe que está aqui dentro do meu peito! Ela sabe que não é do meu feitio lembrar de muitas coisas que são importantes, mas eu sei que ela guarda um grande carinho por mim. Espero! Isso me motiva a continuar... Lembro-me de uma vez em 2006, quando tive um sério problema de saúde e tive que voltar para o Ceará. Mandei só uma cartinha explicando o que tinha acontecido e senti sua amizade Sil, quando me dissestes que as coisas iam ficar difíceis por aí. Fostes a minha família naquele momento. Obrigado!



Jerller e a nossa sã Espera Eterna. Esperávamos tanto, conseguimos um tanto mais. Izabel, de Pocinhos para o Mundo. Arrasou em tudo que fez e faz. Outras que vieram depois e também complementaram a alegria no nosso mundo como Thiago, Igor, Inácio, Isabelli...



Tinha também uma menina chamada Clara Marinho. De Santa Luzia. Lugar que não tem preço. Forte e cheia de independência. Não dizia nada por acaso. Foi uma mesa em que tratávamos sobre as inconstâncias do universo. O que o mundo nos reservava. Por que estávamos ali naquele momento? Foi uma verdadeira revelação. Foi o abrir dos olhos para mais uma das figuras mais importantes da minha existência. Minha amiga! Quantas coisas passamos e superamos juntos. Quantos momentos memoráveis. Daria minha vida para tê-los novamente.

Menino do interior, cheio de sonhos e desejos. Muita alegria no coração. Pude compartilhá-las com gente como Weldyna e Ivan. Grandes pessoas que o tempo afastou, mas que ainda me despertam grandes sentimentos.

"Ah, você que é a Aluska?". "Sim!". "Lembro do seu nome na lista de aprovados". Ela chega chegando e assim fez. Aluska. A moça das polêmicas que eu mais adoro. Fiz questão de ser seu amigo e pude dividir grandes lembranças em atividades da faculdade, organização da formatura... Uma parceria, uma amizade. Deu e dá certo! Alguém que amo muito e que estudou comigo à noite. Luz, que traz um tanto da minha alma. Luz que faz! Amo-te muito e te agradeço por todas as confidências e gestos nesse tempo todo.

"Saskia?!"

"Quem é essa?! Desistiu?!"

"Como assim desisti?!". Ali estava Sáskia, a potiguar hauhauahuah! Chegou depois da hora marcada, mas foi um encontro de tal grandeza. Estava ali uma daquelas que acredito no primeiro olhar. Pude rasgar meus anos em elogios à suas características primordiais: determinação, carinho e desenvoltura no que faz! "É linda, e se garante no que faz!".

Assim como ela, uma semana depois foi a vez de um furacão também do RN a entrar sem bater no meu coração. Pena que por tão pouco tempo pude compartilhar os anseios da vida afora com Mayse! Nome forte! (Estou até ouvindo sua quase xará cantando no Canecão). Sabe alegrar tanto o meu coração! Em todos os lugares. Juntos ou sozinhos. Só Deus sabe o quanto o meu coração ficou apertado quando você foi embora. Só Deus sabe quanta alegria me dá saber que continuas na minha vida.



Por falar em irmão, chego ao fim com as lembranças dos meus inseparáveis e fieis escudeiros. Jhonathan, o filho que meus pais queriam ter, o irmão que tenho! Obrigado por ter me acolhido em sua casa por tantas vezes. Obrigado pela construção de muito do meu senso crítico. Obrigado por compartilhar seus pensamentos, filmes, músicas comigo. Tenho tantas boas lembranças dos tempos de briga. Dos caldeirões incandescentes que acendestes. O último que falou comigo foi também um dos que mais marcaram. Era dia 08/04/2005 (completava 18 anos, tomei um porre homérico de vodka Natasha e ganhei até Sonrisal inteiro na boca). Horas antes, aguardando uma aula de Filosofia que nunca acontecia lembrei a todos do meu aniversário. Sua primeira palavra para mim foi: "Parabéns aí!". Éber Freitas. Outro cara que me ensinou tanto com gestos e palavras. Que sempre me arrancou ótimos sorrisos e compartilhou comigo grandes histórias. Obrigado pelo pensionato da Dona Nilda. Obrigado por ser meu irmão.

Pois é. Agora estou no dia 20/12/2008. Quatro anos depois. Todos muito arrumados, lustrosos e felizes no alto de suas músicas escolhidas a dedo. Quanta alegria! Muitos sorrisos! Nossas famílias. Era o brinde de tanto esforço e dedicação. É uma data histórica. É uma pedra fundamental na minha vida.

Alô! Na verdade, é dia 04/01/2014. São 11h19. Estou na minha sala de jantar ouvindo Maysa. Lembrando das graças que a vida me deu. Da família que o tempo não vai apagar do meu coração. Dos meus amados amigos. 5 anos já! Poxa! É tudo tão ingrato e delicioso.

Estou tonto... Estou chorando e sorrindo ao mesmo tempo. Estou com nossas histórias no coração. Estou com um desejo enorme de agradecer e pedir desculpas. Tudo o que fiz e faço foi pelo nosso bem. Nunca cansarei de dizer que os amo e que devo muito a vocês. Estou honrado. Estou agraciado. Fui abençoado por encontrar os mais valiosos amigos.

5 anos já! Já somos 5!

2 comentários:

  1. Você tem toda razão, Marlinhos... nossa turma é inesquecível e nossos quatro anos juntos foram preciosos. Isso muito se deve a figuras como você, companhia sempre presente e atenciosa.
    Ps. Você também foi o abraço mais gostoso e amigo e sinto muita saudade. rsrs

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  2. Marlos, meu amigo, que saudade agora de todos vocês! Vocês são inesquecíveis, mesmo cada um tomando seu rumo profissional, mas pelas redes sociais sempre procuramos manter contato, isso é muito bom. E quem sabe marcarmos um dia pra nos encontrar pessoalmente com toda a galara.

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