domingo, 24 de novembro de 2013

Acordei 7h30 pra ver o tsunami. Cadê a onda, Brasil?!

Quem me conhece sabe o quanto apreensivo sou diante do inesperado. Uma pessoa que tinha medo do Chupa-Cabra e que quase não conseguia mais viver depois de ter assistido a autópsia do ET no "Fantástico" em meados da década de 1990 realmente não é a mais indicada para ouvir profecias escabrosas sobre o fim do mundo.

E nada está mais na moda na minha "provincianamente high-tech" Fortaleza do que a tal onda gigante que chegaria arrasadora neste dia 24/11/2013 (por falar nisso, ainda estou aqui esperando!).

Segundo a profecia do vidente Juscelino da Luz (apagão?!) feita em 2005 de que uma mega onda engoliria a capital do Ceará e importantes cidades do Nordeste no dia de hoje.

Instante: não tô me contendo a cada carro que passa pensando que a zoada da onda. Saio correndo pra janela do prédio!



Soube que muitas pessoas chegaram a pensar em abandonar as suas casas diante da catástrofe iminente. Não minto o quanto fiquei nervoso em pensar neste acontecimento, visto que morrer afogado ou arrastado por uma tromba d'água não constam na minha lista de preferências para me despedir dessa vida. Cheguei até a visitar o local onde o evento se daria na sua plenitude, a Praia de Iracema, e imaginei como se daria o fato cinematográfico... os praticantes do cooper matinal batendo recordes de velocidade, os mendigos sendo arrebatados em cima dos banquinhos de madeira ou na estátua da índia veloz, os policiais do Ronda do Quarteirão fugindo desesperados naquelas geringonças de duas rodas rumo à Aldeota, amigos surfistas pegando um tubo maneiro, será que a onda gigante seria mais alta do que o Holliday Inn?! Quantas especulações...

O pânico seria geral!

URGENTE: Funceme confirma Tsunami em Fortaleza

E eu?! Como não tinha programado nada especial para o dia de hoje provavelmente morreria sozinho no meu apartamento escrevendo a vocês e ouvindo Legião Urbana ("Quase sem Querer" é soberana!). Não conheceria o Rio de Janeiro e isso me deixaria triste. Amanhã não teria de acordar 5h30, isso seria legal.

Amanhã o mundo já não existiria para nós queridos usuários do Tinder.

E vocês, queridos leitores?! Como se sentiriam defronte a uma catástrofe desta imensidão?!

Medo? Temor? Satisfação? Vemos por todos os lugares milhões de reações sobre a possibilidade de um fim trágico. Mas todo fim, por si só, não é trágico... Mesmo os finais de filmes de romance pipoca que nos deixam um sabor de que aquela felicidade "cute-cute" nunca mais será vista pelos reles espectadores?!

A angústia de não saber o que pode acontecer no dia de amanhã nos impõe uma série de armadilhas e especulações como viver antecipadamente a felicidade das festas de fim de ano, a tristeza profunda que nos atingirá quando perdermos nossos familiares mais queridos ou, até mesmo, se um dia uma dessas profecias sobre o fim dos tempos se concretizar.

No fundo, no fundo... ficarei triste, pois a saudosa Hebe Camargo fez a mais completa tradução sobre a morte: "Não tenho medo de morrer, tenho peninha".

Para acalmar os ânimos, segundo os cientistas o Brasil nunca foi rota de catástrofes de grande magnitude como terremotos e tsunamis. Porém, somente se uma grande erupção vulcânica ocorrer nas Ilhas Canárias, no Oceano Atlântico, vier a acontecer a tal onda mortal pode atingir a costa do Nordeste. Maaaas, são necessários outros fenômenos para que ela seja tão avassaladora como descrita por Juscelino: precisa acontecer em determinado ponto da ilha, sendo que esta parte desabe no mar e a uma grande velocidade...

Canárias, estamos de olho!

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